
De acordo com algumas investigações, os casos de cancro nos países industrializados têm vindo a alastrar rapidamente desde 1940. O que mudou desde então?
Resultados de investigações
Mapas de distribuição do cancro, resultantes da investigação da epidemiologista francesa Annie Sasco, revelam a frequência dos diferentes cancros e comparam os países mais afectados com os menos afectados. Para o mesmo grupo etário, os cancros da mama, próstata e cólon, têm maior incidência nos Estados Unidos e na Europa do Norte do que na China, no Laos ou na Coreia. Terão os genes asiáticos alguma protecção contra o cancro? Outras investigações revelam que a taxa de cancro nos asiáticos residentes em São Francisco aproxima-se da dos ocidentais, tendo os casos de cancro da mama triplicado na China e Hong-Kong, durante a última década.
Em 2004, a OMS chama a atenção em The Lancelet que o nº de casos de cancro em crianças e adolescentes estão entre os que mais aumentaram desde 1970, não podendo ser o envelhecimento da população uma justificação para esta “epidemia”.
Conclusões
Conclusões recentes, mostram-nos que os factores genéticos contribuem no máximo em 15% das mortes por cancro. Então os 85% dependem de quê?
Ao longo dos últimos 50 anos, 3 factores alteraram significativamente o ambiente em que vivemos:
- a adição na nossa alimentação de grandes quantidades de açúcar refinado;
- a alteração dos métodos agrícolas e pecuários e consequentemente, a nossa alimentação;
- e uma exposição a produtos químicos que não existiam antes de 1940.
No meu próximo artigo, explicar-lhe-ei como estes factores externos têm contribuído para o alastramento do cancro.
Fonte dos dados estatísticos : “Anti cancro – uma nova maneira de viver” - Schreiber, David Servan, Caderno Editora